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Há alguns dias dei boas risadas em um bate papo com uma sobrinha. Ela me contou a história de uma viagem de mais de 700 quilômetros, que fizera com o marido, sogro, cunhado e outros, tudo isso em uma belina, sim aquele carro da Ford? Ela me disse que a caranga estava cheia de furos no assoalho e eles estavam indo para Minas Gerais e essa viagem começou na região de Franca no estado de São Paulo, apesar de estar ali quase na divisa do estado.
O jeito que ela conta não tem quem não dar boas risadas. Ela disse: quando entraram em trechos de estradas de terra era aquele sufoco, a
poeira invadia o interior do veículo sujando todos os seus ocupantes, chegando a ponto de quase sufocá-los. Mesmo com tanta gente, a belina era o “personagem principal” da história, pelo seu estado de conservação quem olhava,
pela aparência, achava que aquele veículo não saia do lugar.
Mas, pelo visto o
motor estava em excelentes condições de funcionamento. Com as roupas vermelhas de poeira, quando
desembarcaram todos estavam mais parecidos com trabalhadores rurais do que viajantes, narizes, olhos e cabelos, era poeira em cada poro.
Claro, ele aceitava. Aparecia com outro e outro, cada um mais bonito, ele também aceitava. Fora as abóboras mandioca e tudo mais que aparecia era
amarrado no bagageiro da belina, e tudo isso sem nenhuma lona
para cobrir.
Encheram o tanque de combustível
da dita cuja e pegaram a estrada de volta, mais setecentos quilômetros
percorridos, até chegar ao destino. Por onde passavam nas cidades e
rodovias a belina chamava a atenção das pessoas pela carga inusitada. Depois de rodar por muitos e muitos quilômetros precisava colocar combustível na velha belina.
O
filho sempre alertando o pai para parar em um posto e providenciar o
abastecimento dizendo que o combustível não daria para completar a
viagem, mas o pai insistia que não havia necessidade, até que parou de vez em
um lugar quase que deserto.
Lá vai o filho pedir carona para quem parasse para
buscar o precioso liquido em algum posto. Enquanto
isso, a (BB) "Belina de banana" ficou parada no acostamento enquanto seus
ocupantes do lado de fora via o vai e vem de veículos. E ela, claro, era a atração da rodovia.
No mínimo teve gente que pensou
assim: Coitada dessa família! Resolveu mudar pra cidade mais não se esqueceram
de trazer um pouco da produção.
(a) J Araújo