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23 de janeiro de 2013

Meus cheiros preferidos

A proposta da Patrícia do blog Café entre Amigos. Um tema que achei interessante, como a maioria dos temas propostos por ela. O olfato é  um dos sentido que nos torna 
possível sentir o cheiro, 
ou aroma, uma coisa invisível. Imaginemos sem ele. Claro que nem todo mundo gosta dos mesmos cheiros e os meus prediletos são estes que passo a descrever. Pode ser que você se identifique com alguns

1– Pêssegos, essa fruta quando chega sua época me deixa com água na boca, pena que a mesma é muito perecível  isto é, estraga com muita rapidez. Quando vou ao mercado perco o controle, quando penso em comprar um quilo, me empolgo e acabo levando o dobro disso, mas prefiro os nacionais.

 2 – Abacaxi, da família das bromeliáceas  uma delicia, além de um excelente antioxidante.  O cheiro pra quem gosta já chama atenção e atiça o paladar.  Existe várias espécies, mas com certeza uma das melhores é o abacaxi pérola.  Antigamente quando se queria desqualificar algum produto dizia se que era preço de abacaxi.  Porém, hoje, vá até o mercado e compare o preço do abacaxi com outros produtos e veja que não é bem assim.

3 – Flor dama da noite. Huuum, o cheiro dessa flor me tira do sério, se estou caminhando e passo pela calçada e sinto seu perfume, não me contento somente em sentir, tenho que aproximar da arvore e pegar , no mínimo um pequeno cacho para continuar apreciando seu aroma. Só que aqui preciso abrir um (parêntese), essa dama da noite que estou me referindo não é aquela que abre somente à noite e sua flor dura a muito apenas algumas horas, mas sim uma que na verdade é um arbusto muito comum nas calçadas.

4 – Cheiro de alho frito, é um componente que não pode faltar em nenhuma cozinha. Gosto de reinar na cozinha e em minhas receitas o alho é o rei dos temperos por mais opções que eu tenha à disposição.
5 – Frango assado,  uma das carnes brancas mais consumidas. Não sou muito chegado dele ao molho a não ser que seja o caipira. 

Agora imagina fazendo um paralelo, frango assado sem ter o alho como tempero. Como diria o mineiro, uma coisa que não me "apetece" é frango ao molho, desses de granja, agora aquele franguinho caipira com quiabo ou labobó ou se você não conhece com nome é o mesmo que ora-pronobis. huuuuuum!! é de lamber os beiços.

6 – Churrasco na casa do vizinho.  Parece que o melhor de todos, aquela fumaça trazendo o cheiro de carne deixa qualquer um com fome. Aí você com o olfato aguçado resolve e, no domingo seguinte  faz o mesmo, mas parece que o cheiro não é o mesmo.  O churrasco  dos outros é melhor, a fila dos outros parece que anda mais rápida, o perfume dos outros é o melhor de todos. Que coisa né!

 7 – Canela em pau, o cheiro é diferente da canela em pó.  Mesmo com suas diferenças é uma especiaria que não pode faltar nos doces. É o toque final que dá o glamour  um pauzinho de canela. 

8 – Cheiro do cafezinho, principalmente se for daquele passado no coador de pano.  Nada de café espremido, o famoso café expresso, chamo aquilo de assassinato de café. Já fui muito mais consumista do que sou hoje, quando tinha o péssimo habito de fumar consumia o triplo de hoje.  Minha família é produtora de café fino nas serras de minas.  Posso falar de "boca cheia".  A região produz a melhor bebida fina do Brasil.

9 – O cheiro gostoso do pão francês  de boa qualidade no momento  que sai do forno. O cheiro é tão bom que dá vontade de quebrar um pedacinho minúsculo, (mesmo não tendo o habito) antes mesmo de chegar em casa. 

10 – acharam que eu ia esquecer né! Não esquecei não, o cheiro de terra depois de um longo período sem chuva quando ela cai que delicia de cheiro. Somente mesmo um caipira como eu pra gostar dessas coisas, mas também, não sei se perceberam, no inicio já coloco em primeiro lugar as frutas, e não é pra fazer media não, é porque gosto mesmo. (Colabore, votando na enquete sobre blogs clicando aqui)
 
(a) J Araújo

Todas as imagens foram retiradas da web

25 de agosto de 2012

Vaca atolada.

Imagem: Veja Abril

Quando falamos em vaca atolada, a primeira imagem que nos vem na mente é uma dessas vacas malhadas, leiteiras com grandes tetas. O gado, esses criados soltos, na época da seca sai à procura de alimento fresco e acaba atolando nos brejos.  Sem poder se movimentar, depois de muito esforço para sair, muitos deles acabam morrendo se não for encontrado a tempo.

Conta a historia que isso aconteceu em Minas Gerais. Um sitiante tinha vários animais, todos sadios por sinal. Um dia uma dessas vacas atolou em um brejal e acabou morrendo o dono, não teve dúvida, reuniu vários homens da vizinhança e com o esforço de cada um retirou a malhada do atoleiro. E para comemorar, repartiu a carne entre os participantes. Ele, como dono, ficou com a maior parte naturalmente, separou as costelas e preparou com mandioca cozida para servir aqueles que tinham ajudado na empreitada. Daí surge o prato vaca atolada, nesse caso na mandioca.

Prato originário de Minas Gerais consiste em mandioca bem cozida, temperada a base de alho, sal, pimenta malagueta, cebolinha e salsa, onde se atola pedaços de costela bovina frita. Deixa cozinhar por mais tempo até os sabores se misturarem. Daí o nome vaca atolada, ou seja, costela de vaca atolada na mandioca. E daí vem a origem do prato "vaca atolada". 

Estivemos reunidos no salão de festas da Igreja Batista Memorial, no bairro jardim Nilópolis, para saborearmos esse prato típico das gerais. Antes, tivemos a palavra do pastor Rubens, (um corintiano roxo) que agradeceu a presença de todos, naquele evento, preparado com exclusividade para os homens.  Em seguida passou a palavra para o Dr. Euclides que após proferir algumas palavras, convidou o pastor Emerson que trouxe aos presentes uma palavra de reflexão sobre o pecado.




Dr. Zitti, (foto) foi um grande pesquisador, mineiro da gema, uma figura conhecida de toda Campinas, ajudou implantar nos anos setenta a FCM (Faculdade de Ciências Médicas) da Unicamp, (Universidade Estadual de Campinas). Para alegria dos presentes, fez um breve histórico de sua vida e dos brinquedos na época de sua infância. Na abertura, com muito bom humor disse ter conhecido Matusalém, sim, aquele personagem bíblico.

Bom, pra que não sabe, Matusalém é conhecido por ser o personagem mais longevo de toda a Bíblia, tendo vivido por 969 anos, sendo que o ano de sua morte coincidiria com a ocasião do dilúvio, embora isto não seja mencionado expressamente pela Bíblia.

Conheci pessoas maravilhosas, seria impossível citar o nome de cada um aqui, mas dentre elas os mineiros Ênio e Inácio, (até parece nome de dupla sertaneja) foram com quem mais troquei ideias. Quero deixar registradas minha amizade e gratidão a toda comunidade da Igreja Batista Memorial, e parabenizar os organizadores do encontro que foi um sucesso. Que a comunidade possa continuar crescendo cada vez mais. Esse povo de Deus que busca sempre se confraternizar reunindo pessoas que estejam necessitando de uma palavra amiga através da evangelização em nome de Jesus. (visualizar fotos)




(a) J Araújo
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21 de agosto de 2012

>Frango com Ora-Pro-Nobis

Tem um ditado popular, e até uma canção, que diz que “Oi Minas Gerais, quem te conhece não te esquece jamais, oi minas gerais...”. Acredito que pode ser estendido também para a culinária que é rica em sabores, daqueles de "dar água na boca" de quem olha. Não se espante com a colocação, já está provado pela ciência, primeiro, "comemos" com os olhos depois provamos o tempero.

Tem pratos, que é "endêmicos" Bom dia amados! Segue meditação de hoje. Que Deus te abençoe e te guarde sempre. Edvaldo José vamos dizer assim, só existe em Minas Gerais, e um deles, Ora-Pro-Nobis, ou labobó, como também é conhecido, como são desconhecidos para a maioria dos outros estados.  Nas 'minas gerais' é um prato típico, bem caipira mesmo.

Vou deixar de fazer rodeio e contando logo. Eu, como um típico caipira mineiro, deparei aqui na cidade com um pé não, achei logo uma cerca viva dessa iguaria, (ela é ótima para esse fim, suas hastes são espinhentas) e fui logo fazendo uma boa colheita.

Fotos: J Araújo
Sabe por que ele existe aonde eu colhi? O bairro, na verdade, mais parece uma colônia de mineiros, aí está a explicação pela existência do mesmo. Quando cheguei em casa, preparei o típico prato no jantar do ultimo sábado, para matar saudade da terrinha e claro, deliciar o sabor de minas mesmo longe.

O ora-pro-nóbis (pereskia aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira, com espinhos e folhas grandes, podendo ser usado em cercas-vivas.

Conta-se uma que o nome surgiu quando catadores invadiram o quintal nos fundos de uma igreja à noite enquanto o padre rezava a missa e dizia: em latim, ora-pro-nobis! E os fieis repetiam.

Enquanto isso, os invasores faziam a festa em busca da iguaria. Há dez anos existe o  "Festival de Ora-pro-Nobis", que ocorre na cidade de Sabará-MG, região metropolitana de Belo Horizonte, na primeira semana de maio. O festival atrai centenas de turistas. 

Abaixo o resultado de minha aventura na cozinha. O acompanhamento foi arroz, feijão e o famoso angu mineiro.
                                               Receita

1 Quilo de coxa e sobrecoxa cortados e temperados (preferência frango caipira)
1/4 de xícara de azeite
1 Tablete de caldo de galinha (preferência caipira)
2 Dentes de alho picados em pedaços
2 Cebolas cortadas em pedaços pequenos
Suco de 1/2 limão pequeno para tirar a baba do ora prono-bis
Alguma pitadas de molho inglês
Sal a gosto


    Também pode substituir o frango pela costelinha suína.
                                                         Modo de preparo
  • Junte em uma panela, o suco de 1/2 limão e os pedaços de frango
  • Mexa em fogo médio até que o frango comece a dourar (opcional)
  • Acrescente os dentes de alho picados e mexa por alguns minutos
  • Após dourar levemente (opcional) os pedaços de frango, retire o excesso de gordura da panela
  • Acrescente as cebolas, misturando os pedaços de frango
  • Junte algumas pitadas de molho inglês e o caldo de galinha e 1 xícara de água quente
  • Acrescente água quente, aos poucos, em pequenas quantidades, até que o frango cozinhe (assim o caldo ficará mais grosso e saboroso)
  • Prove o caldo e acrescente sal, caso julgue necessário
  • Após o frango cozido, espalhe as folha de ora-pro no bis por cima do frango, sem mexer ou misturar, de maneira, a cobrir o caldo de folhas. (Pode também ser picada ou rasgada como couve)
  • Tampe bem a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por mais ou menos 10 minutos
  • Sirva com arroz branco, feijão e angu 
  • Bom apetite!

(a) J Araújo

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